segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Doidas e Santas

Toda mulher é doida. Impossivél não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar o "the big one", aquele que será inteligente, màsculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir, às vezes, que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo para o alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos uma destas qualificações: exagerada, drámatica.verborrágica, maniáca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E Santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.


Fonte:Livro Martha Medeiros Doidas e Santas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Saco Cheio


Tenho ouvido muitas pessoas dizendo que estão cansadas, que tudo anda irritanto ultimamente, que está sem saco paraum monte de coisa.
Às vezes pergunto se isso não é algo contagioso, pois o resultadao parece uma epdemia.
Em alguns momentos dáaté medo de perguntar "Tudo bom?" para algumas pessoas. Elas começam as desfiar um rosário de reclamações, alguns impropérios, emendam com criticas aos Governo, às eleições, ao tempo e por ai vai. Penso que está faltando é Amor, uma orelha simpática que só nos ouça sem emendar a famosa frase "ah comigo aconeceu assim..." , Amor de silêncio, Amor de sacudir as estruturas para que possamos cair em nós mesmos, Amor para que possa NOS ouvir, Sim porque tem ummonte de gente surda po aí.
E quando eu digo surda,eu digo de si mesma. Na linha da projeção, onde critimos no outro o que temos depior em nós, observo que muitos não sabem fazer outra coisa se não reclamar. A insatisfação não está fora, mas olhar pra dentro é uma aventura e tanto!. Ultimamente apenas alguns ousam sair da mesmiceé dificil.
" Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nuca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edíficio inteiro." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Escrever é pensar e criar


Em grande parte, aprender a escrever é aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e concatená-las, pois “assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou aprovisionou”, diz Othon Garcia. Escreve realmente mal aquele que não tem o que dizer porque não aprendeu a pôr em ordem seu pensamento, e como não tem o que dizer, nada lhe servem as regras gramaticais, nem mesmo o melhor vocabulário de que possa dispor.

Por mais que se conheça a Língua Portuguesa, sem a criação das idéias, a ortografia, a gramática e a sintaxe são apenas estruturas de palavras, que podem dizer nada. Mas onde e como encontrar as idéias? Como inventá-las, criá-las ou produzi-las?

A fonte principal de nossas idéias é a nossa experiência. Tudo aquilo que conhecemos e guardamos forma nossa base de entendimento e serve para nutrir nossa criatividade. Se você acha que a sua experiência não é suficiente, valha-se da experiência alheia através de conversa, de leitura e de convívio.

James Webb Young, um dos primeiros redatores de propaganda do mundo, em seu livro A Technique for Producing Ideas, definiu as etapas do processo criativo:

- Desejo: a pessoa deve, por qualquer razão, querer criar algo original. Isso é atitude de trabalho;

- Preparação: ou acumulação de dados, ou experiência, tornar o familiar estranho;

- Manipulação: juntar conceitos aparentemente não relacionados, ou tornar o estranho familiar;

- Incubação: depois da acumulação consciente de dados, a incubação é uma reação da mente. Einstein tocava violino como recurso para desviar a atenção do problema principal e provocar a incubação;

- Antecipação: é o sentimento de premonição, algo que nos diz que o problema está prestes a ser resolvido;

- Iluminação: a solução esperada;

- Verificação: a confirmação da viabilidade da solução.

Existem outras definições práticas dos estágios do processo criativo, mas todas são unânimes em afirmar que criatividade depende de disciplina, método e experiência, e que não se trata de um dom especial. Como o Einstein dizia, “A imaginação é mais importante que o conhecimento”, ou como Thomas Edison, “Gênio é composto de 1% de inspiração e 99% de transpiração”.

Você pode desenvolver sua criatividade se buscar continuamente a informação sobre tudo o que o cerca, se tiver sensibilidade para todas as coisas que acontecem a sua volta e curiosidade para descobrir o que está por trás dos fatos, dos objetos, das pessoas.

A Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, é conhecida por seus cursos de criatividade e sugere os seguintes itens para treinarmos nossa criatividade:

01. escreva pelo menos uma idéia por dia;

02. armazene as idéias;

03. observe e absorva: aproveite o que você observa;

04. desenvolva uma forte curiosidade sobre coisas, lugares ou pessoas;

05. compreenda primeiro, depois julgue;

06. mantenha o sinal verde da sua mente sempre aberto;

07. tenha uma atitude otimista e positiva;

08. pense todos os dias, escolha uma hora e um lugar para essa atividade;

09. associe idéias, combine-as, adapte-as, modifique-as, inverta-as;

10. coloque suas idéias em ação – uma idéia razoável colocada em ação é melhor que uma grande idéia arquivada.

“As mentes são como pára-quedas: só funcionam se estiverem abertas”, Ruth Noller, pesquisadora da Universidade de Buffalo.